QR Code para Mortos
estapafurdiosdoquotidiano, 30.06.13
Olá bom fim-de-semana, meu querido e amigo leitor! Como está hoje? Sentiu a nossa falta? Esperamos que sim (mas temos quase a certeza que não...). Então e essa 6ª feira que tal? A nossa foi boa, excepto aquela coisa da greve. Que grande chatice, não foi. Falta de transportes, serviços públicos fechados, filas de trânsito gigantes... - Ahh, esperem, essas coisas todas foram na quinta e não na sexta... - Na 6ª foi só a falta de estapafúrdio...
Parece que o nosso investigador que nos ia trazer o estapafúrdio de sexta-feira, foi preso. Segundo o que soubemos ele andava na ponte 25 de Abril a tentar recolher notícias estapafúrdias, depois apareceu a polícia e ele foi "de saco". Até agora ainda não recebemos mais nenhuma informação sobre ele. Esperemos que esteja bem!
"Então e porque é que não houve o estapafúrdio ontem?" - Perguntará certamente o leitor. (E muito bem perguntado por sinal). Eu poderia responder-lhe que o estapafúrdio só saiu agora porque andava na borga. Mas infelizmente é mentira, o atraso do estapafúrdio - by request - deveu-se ao mal estar do nosso escritor, talvez devido ao choque que teve quando leu o testemunho do nosso investigador, (ou então devido a uma paragem de digestão, das duas, três...) Mas vamos lá então saber o que ele descobriu...
Parece que nos Estados Unidos, os visitantes de um cemitério já podem ter informações detalhadas sobre os mortos, graças à tecnologia do «QR code». É embutido na campa um destes códigos, pela módica quantia de US$ 99 por ano e ao passarmos o código pelo leitor do telefone, ficamos a saber mais sobre o morto! Fantástico não é?!
Nós aqui no Estapafúrdios do Quotidiano, achámos que esta notícia merecia ser desmistificada e por isso, enviámos o nosso investigador, Tao-pie-pie até à Pensilvânia e pedimos-lhe que tentasse descobrir mais sobre Norman Joseph Woodland. O tipo que inventou os primórdios do QR Code - o antigo, mas tão famoso - Código de Barras.
Tao-pie-pie: «Hum... Onde estará o raio da campa deste tipo... Não é esta, nem esta, esta também não... Epá, esta é deveras assustadora, também não é... Ah cá está ela! Ora deixa cá agarrar no meu telemóvel... Menu, QR Reader, ora deixa cá centrar bem e "Trau", já está!»
Norman: Olá, olá a que devo o prazer desta visita?
Tao-pie-pie: EPÁ!! Mas isto parece mesmo real. Parece mesmo que o morto está a falar comigo.
Norman: E estou! Não me está a ouvir? Ora então diga-me lá como se chama e o que faz aqui?
Tao-pie-pie: Aim... Mas isto é mesmo muito à frente... Nunca pensei que desse mesmo para falar com o morto... Isto é um truque qualquer, só pode!
Norman: Olhe antes de mais nada, deixe-me que lhe diga que eu tenho nome: Norman Joseph Woodland. E considero uma grande falta de respeito andar-me aí a tratar por "o morto". Eu também não sei o seu nome, e não ando aí a chamar-lhe "o vivo".
Tao-pie-pie: Tem razão, peço desculpa. O meu nome é Tao-pie-pie e sou um investigador do Estapafúrdios do Quotidiano. Eu vim aqui de propósito para falar consigo. Quer dizer, para saber mais coisas sobre si. Nunca pensei que desse mesmo para falar consigo.
Norman: Ai sim? Então desembuche homem. O que é que você quer saber? Provavelmente sobre esta minha invenção, não é?
Tao-pie-pie: Sua?! Então mas não foi você que inventou o QR Code, você só inventou o seu pai - o BARCODE - não é verdade?
Norman: Inventei o meu pai? Que conversa é essa? Você é um bocado baralhado das ideias, não é? Eu inventei o BARCODE, e depois deixei indicações específicas para alguém inventar o QR Code, e após a minha morte, aplicarem essa tecnologia aos caixões. Pois assim poderia sempre falar com as pessoas. Bastava que fosse enterrado com um Smartphone e assim que as pessoas me procurassem eu podia falar com eles...
Tao-pie-pie: Epá, essa história é muito rebuscada...
Norman: Ahh, então o Tao-pie-pie não está a falar comigo pois não... É tudo mentira... Huuuu... Huuuu... Eu sou um fantasma...
Tao-pie-pie: Sim... Vendo as coisas por esse ponto de vista, até é capaz de ser verdade. Olhe sabe o que lhe digo? Que bela invenção. Quando morrer também quero uma coisa dessas na minha campa! Agora olhe, tenho que ir andando porque estou atrasado... «Deixe-me só partir aqui esta árvore... SPAHHH, muito bem, Agora é só atirá-la para longe e.... Já está! E pronto já estou a viajar em cima de uma árvore!» Adeusinhoooo||
Norman: Pfee.. Este tipo deve pensar mesmo que eu acredito que consegue viajar em cima de árvores voadores... Sinceramente, há com cada um!!
GIL