Estapafúrdios do Quotidiano

Senhores e senhoras, meninos e meninas, sejam bem vindos a mais um… Estapafúrdios do Quotidiano! Um fantástico “buog” criado com o propósito de lhe animar o dia! Batam palmas por favor para o grande, o fantástico, o inigualável, maravilhoso, incrível, espectacularmente belo, estapafurdiamente espectacular… GIL OLIVEIRA! YEAHH
(Agora é a parte que vocês entram em rejubilo… Vá, não se acanhem… Ai não querem?! Então ok! Amuei…)

Hoje o Estapafúrdios do Quotidiano trás até si uma história sobre, o circo. (Diz que na época Natalícia é moda falar-se sobre o circo…) Ontem, durante uma operação de fiscalização ao circo “Victor Hugo Cardinali” foram apreendidos nove leões, que segundo parece, não estavam registados ao abrigo da convenção sobre comércio internacional de animais selvagens. (Que acordo é esse?! Pois não sei… Isso é lá com eles e não me quero meter nesse assunto!)

Por não ter os papéis em dia, o circo está agora sujeito a uma coima cujo montante mínimo é de 38.500 euros e ainda arriscam a ficar sem os pobres leões. Victor Cardinali apressou-se a vir à comunicação social explicar que tudo não passa de um mal entendido e que os papeis estão todos em dia. Mas nós, aqui no Estapafúrdios do Quotidiano, quisemos tirar esta história a limpo e decidimos ir falar com os leões para saber se mesmo assim…

(Sim, nós falamos com leões. Já devia estar à espera, não é?! Se falamos com porcos, vacas, crocodilos e tubarões também falamos com leões, não acha?!)

Gil: Ó pst…Pst… Sr. leão.

Piruças: “Gosto muito de você,  leãozinho. Para desentristecer,  leãozinho…”

Gil: Hum?! É impressão minha ou o leão está a cantar Caetano Veloso? Pst… Sr. Leão. Peço desculpa de incomodar mas será que me podia responder a duas ou três perguntas?

Piruças: ROARRRRR!!

Gil: Olha agora está a cantar Katy Perry.

Piruças: Katy Perry?! Pelo amor de Simba! Diz-me lá mas é quem és tu e o que queres, antes que te coma!

Gil: Xiça… Sensivelzinho o raio do leão. O meu nome é Gil e venho da parte do Estapafúrdios do Quotidiano para te fazer umas perguntinhas…

Piruças: O raio do leão, não! Eu tenho nome. Chamo-me, Piruças. E sou o leão mais mauzão deste circo.

Gil: PFeFeFeFe…Eheh. Piruças?! Piruças?! E és o leão mais mauzão deste circo? Tu…O leão com nome de gato. AH! AH! AH!

Piruças: Estás-te a rir de mim?! ROARRRR! Aii se eu não tivesse que fazer jejum tu ias ver…

Gil: Então? O que se passa? Foram os tipos do  Instituto de Conservação da Natureza e das Floresta que te proibiram de comer? Isso é muito desumano, pá! Já não basta obrigarem-te a estar aqui preso na jaula, sem te poderes mexer, ainda te obrigam a não comer! Eu se fosse a ti fazia queixa à Sociedade Protector dos Animais…

Piruças: Não, pá! Não tem nada a ver com os tipos do ICNF. Isto são regras do meu futuro patrão: o Bruno de Carvalho.

Gil: Hum? O circo vai-te vender ao Bruno de Carvalho? Não percebi… Vais ser a nova mascote do Sporting, é?

Piruças: Nop! Muito melhor! Nós, os 9 leões, vamos ser guarda-costas do presidente! Diz que ele anda com medo de aparecer a flutuar no Douro.

Gil: Pois… Percebo. Então mas… E o circo pode vender-vos sem vocês ter licenças?

Piruças: Nop! Vai daí o Bruno de Carvalho ter inventado esta história toda das licenças... Ele queria comprar-nos ao circo mas como toda a gente sabe que o Sporting não tem dinheiro para reforços, ele arranjou esta forma para nos arrancar do circo...

Gil: Ahh! Faz sentido… Assim ele depois arranja um sitio todo catita para vocês ficarem, e vocês vão para lá morar! Esperto o gajo… Só há uma coisa que ainda não percebi. Porque raio é que ele vos colocou em jejum?

Piruças: Epá… Tu para investigador não és lá muito inteligente, pois não?! Nós temos que ficar em jejum para nos desabituarmos da comida do circo… Ele diz que temos que mudar de hábitos alimentares. Até já está a preparar um banquete para nós e tudo. Mas infelizmente só será servido dia 29 de Dezembro!

Gil: Hum?! Dia 29… Isso não é quando o FCP vai jogar contra o… AHHH! Estou a ver…

Piruças: Viste como tu percebeste?! A partir de agora, só comemos Tripas à moda do Porto…NHAMMM!

Gil: IRRA!! Ó Pintinho, tu tem cuidado, pá. Olha que este não é de fiar…

Piruças: E o pintinho piu… O pintinho piu… O pintinho piu…

GIL

Olá! Hoje vou ser simples e directo, e não divagar muito. Não por respeito aos leitores deste fantástico blog que são preguiçosos e não gostam de perder tempo a ler, mas sim, porque tenho uma panela de sopa ao lume, e não posso estar aqui a dar-vos conversa. A minha vida não é isto. A minha vida, neste preciso momento, é uma panela de sopa de espinafres. Vamos então ao estapafúrdio.

Na China, o hospital de Liuzhou, teve a ousadia de pedir a um paciente, para que este comprasse o bisturi para ser usado na operação ao pulso a que ia ser sujeito. Ou seja, uma pessoa chega ao hospital para ser operado, e o hospital diz: «Amigo, trouxe o bisturi? Não? Eh pá, então é melhor ir comprar que isto não é o da Maria Joana, está bom?! Vá, vá lá comprar o raio do bisturi, e depois volte para tratarmos desse pulso.» O certo é que, apesar de extremamente enervada e insatisfeita, a família do paciente em questão lá comprou o raça do bisturi, e o paciente lá foi operado ao pulso. Espero que, ao menos, o hospital tenha tido a decência de devolver o bisturi à família, porque diz que é um bom instrumento para cortar pão e espalhar manteiga no mesmo – para não falar no preço do bisturi, que custou cerca de 1.000 yuans (à volta de 120€). Esperemos que o nosso Ministro da Saúde, Paulo Macedo, não se lembre de adoptar esta medida nos hospitais portugueses. Parece que já estou a ver as famílias portuguesas a gastarem verdadeiros balúrdios em equipamento médico. Parece que já estou a ver quem iria lucrar com este «negócio da china» – as lojas do Chineses em Portugal. Vamos imaginar como seria se esta medida tivesse sido adoptada pelos hospitais portugueses, e como seria o diálogo entre um paciente e o seu médico. (E tem de ser rápido, porque tenho de ir mexer a sopa…)

(O Paciente é chamado pelo intercomunicador, ao consultório do médico…)

(O paciente bate à porta…)

Doutor: Sim…? Quem é? 

Paciente: Chamou, doutor? 

Doutor: Chamei, sim senhor. Faça o favor de entrar, se faz favor… 

Paciente: Ora, com a sua licença… 

Doutor: Vá, homem. Entre lá… deixe-se de cerimónias, entre e sente-se… 

Paciente: Ah, sim, sim… Ora, com a sua licença… 

Doutor: Trouxe aquilo que lhe pedi? 

Paciente: Como, assim…? 

Doutor: A pizza, homem. Trouxe? Espero bem que sim, que eu estou cá com uma larica… Sabe, isto de estar uma manhã inteira a atender pessoas doentes, dá cá uma larica… Nem sei se lhe conte!

Paciente: Mas… o doutor acabou de o fazer… De me contar… 

Doutor: Quanto é pela pizza? É sem cogumelos, certo? É que eu odeio cogumelos, faz-me imensos gazes… O que é chato, quando temos de estar a atender pacientes o dia inteiro e soltamos um pum, ou outro. Depois, temos de inventar que é da doença do paciente, que larga um cheiro assim a cogumelos… Ah! Ah! Está a ver? A pizza? 

Paciente: Eu… Eu… não trouxe pizza nenhuma, doutor. Eu sou apenas um doente… que veio aqui ao seu consultório, porque estou em lista de espera para uma operação à coluna, e o doutor chamou-me aqui hoje porque já tem uma data para a minha operação… 

Doutor: Ah! Então, é apenas mais um doente…? 

Paciente: Sim… Bem, suponho que sim… Blharkkk, mas que cheiro a podre vem a ser este?! Que cheiro…!

Doutor: Ah, deve ser dos couratos que comi ao almoço… Fazem-me gazes… AH! Espere… mas o senhor é um doente, certo? 

Paciente: Certo…

Doutor: Com um problema de coluna, certo? 

Paciente: Sim, correcto…

Doutor: Ah, então este cheiro a podre vem do seu problema de saúde… 

Paciente: Da coluna? 

Doutor: Sim! Problemas de saúde como o seu, deitam este cheiro a podre. Não tem nada a ver com o meu almoço, está bom?! Bom, vamos a assuntos sérios. Existe aqui uma vaga no bloco operatório para que se realize a sua operação daqui a dois dias. Só é preciso que se apresente no hospital às 9h, com o respectivo equipamento cirúrgico. 

Paciente: Ah, está bem… Mas, tenho de ser eu a comprar o equipamento cirúrgico?! O hospital não tem…?!

Doutor: Não. Estamos em contenção de custos. 

Paciente: E agora, onde é que vou comprar uma coisa dessas?! 

Doutor: Fácil. Ao sair do hospital, vire à direita e depois na primeira à esquerda. Vai dar a uma rua sem saída e, no final dessa rua, existe uma loja do chinês. Eles vendem material cirúrgico. Basta dizer para que tipo de operação é, que eles têm uma lista do que é preciso e vendem-lhe. 

Paciente: Mas, tem mesmo de ser nesse chinês, doutor? 

Doutor: Não. Todos vendem, mas este tem um acordo comigo… Ah, que disparate…Com o hospital… Com o hospital. É só dizer que vai da parte do médico cirurgião Abel Carrasco, e tem um desconto de 50%… 

Paciente: Pois, muito bem. Obrigado, doutor. Até daqui a dois dias… 

Doutor: Inté! Agora, onde é que se meteu o «gajo» das pizzas…? Estou cá com uma larica… 

E é isto… (Esperemos que o Ministro da Saúde, nunca chegue a ler este estapafúrdio… AH, raios! Queimei a sopa… DASS!!)

RIC

Está, não está? Claro que está! E sabe porque é que está? Não sabe mas vai já ficar a saber...

Isto hoje vai ser assim... Rapidinho, rapidinho. Primeiro, porque está um frio do camandro e eu tenho problemas nos dedos. Segundo, porque o facto de estar a ler o nosso estapafúrdio, sozinho e parado, é coisa para lhe provocar ainda mais frio! Quer saber porquê? Então leia o paragrafo seguinte....

A Universidade Tilburg, na Holanda, fez uma pesquisa onde conclui que a solidão faz frio! Esta conclusão foi retirada após a análise de um grupo de pessoas, que foram convidadas para participar num jogo online de arremesso de bolas. Durante esse jogo, os pesquisadores mediam a temperatura dos dedos dos jogadores... (E agora vamos à grande descoberta...) Eles concluíram que, quando os jogadores não recebiam a bola, a temperatura deles caía em média, 0,378 graus Celsius porque se sentiam excluídos!

(WOWWW... E ainda há mais!) 

Esta descida de temperatura deve-se a uma resposta automática do nosso corpo. Um género de mecanismo de protecção. Quando sentimos medo, por exemplo, o sistema nervoso autónomo manda várias ordens: aumentar os batimentos cardíacos, contrair os vasos sanguíneos, etc... E quando nos sentimos sós ou excluídos o corpo também fica "alarmado", mas não acelera o coração, apenas ficamos com as veias das áreas periféricas mais contraídas. Conclusão da história, ficamos com os dedos frios e as regiões internas do corpo mais quentinhas...

(E agora a parte mais importante do estudo. Aquela que apenas alguém com um mestrado conseguiria apurar...)

Os pesquisadores descobriram que, para recuperar a temperatura do corpo, basta segurar uma chávena de chá quentinho!

(Ham!?! Viu como estes tipos são inteligentes?!)

Nós aqui no Estapafúrdios do Quotidiano também encomendamos um estudo (a um tipo com a 4ª classe) e eis o que descobrimos:

"Se nós nos mexemos ficamos quentinhos mas se estivermos parados sem fazer nada ficamos com frio!";

"Se estivermos no tasco com amigos, a beber uma bela de uma vinhaça, o nosso corpo aquece mas se estivermos sentados num banco de jardim, sozinhos, ficamos com frio!";

"Quando temos frio aquecemos se bebermos uma belo de um "copo de três", ou um "chiripiti" ou então se fizermos o amor com a Maria do nosso sujeito de pesquisa!"

Segundo ele, funciona sempre e é bem melhor que escaldar os dedos numa chávena de chá!

E pronto. Por hoje é tudo, até porque já me doi os dedos de tanto escrever. (Mas ao menos estão quentinhos!) Obrigado e até amanhã...

GIL