600 polícias deixam de servir cafés e vão patrulhar. O que irá acontecer a seguir!
estapafurdiosdoquotidiano, 29.09.16
Ora então parece que hoje é dia de estapafúrdio, não é verdade?! É sim senhor! Então vamos lá a isso. Como assim não lhe apetece?! Mau... Então mas não veio aqui para ler um estapafúrdio? Ai não? Veio aqui porque pensava que hoje era dia de gajas nuas? Ah, não! Isso foi ontem. Ontem é que tivemos gajas nuas. Mas se quiser (e pedir com muito jeitinho) o RIC é gajo para colocar aqui uma foto dele em pelota... Ai, isso não quer?! Já tem?! Ó diabo... Bom... Então está bem. Fiquemos assim, eu vou só ali a baixo escrever o estapafúrdio e você vai à sua vida... com a foto do RIC em pelota. Adeus e até já.
Foi publicada, naquele jornal que é a maior fonte de notícias estapafúrdias de Portugal, aka Correio da Manhã, uma notícia que indica que a força policial a patrulhar as ruas do país irá aumentar em cerca de 600 militares da PSP e GNR. UAU!! Sim, é verdade. Mais 600 polícias nas ruas para nos proteger de meliantes. Fantástico! Aliás, seria fantástico se estes 600 polícias fossem agentes novos, recentemente treinados, cheios de força e vontade de combater o crime. O problema é que não são... Estes 600 agentes são tipos que antigamente exerciam funções nos bares e messes das esquadras. Ah, pois é! Então parece que iremos ter tipos que antigamente iravam meias de leite e serviam cozidos à portuguesa a prevenir assaltos e fazer rusgas em feiras...
O Estapafúrdios do Quotidiano, como não podia deixar de ser, decidiu antecipar um pouco toda esta situação e recriou algumas situações que futuramente poderão (irão) acontecer. Ora vejamos:
SITUAÇÃO Nº1:
Agente: Ei! Ei! Você aí, pare já imediatamente!
Meliante: Quem?! EU?! O que é que eu fiz?!
Agente: Sim, você... Onde é que arranjou essa perna de presunto que leva aí debaixo do braço?!
Meliante: Aaa... Eu... Aa... Então eu a modos que... A...
Agente: Vá, desembuche, homem! Onde é que roubou essa perna de presunto?!
Meliante: Então eu... Aaa... Pronto, eu confesso. Roubei ali no supermercado da D. Alzira. Perdoe-me eu prometo que o devolvo.
Agente: Devolve lá agora. Então você vai devolver um presunto dessa categoria?! Deixe-se lá disso homem... Siga lá com a sua vida. Eu só queria saber para ver se ela também me arranja uma perna dessas. Vá, adeusinho...
SITUAÇÃO Nº2:
Agente: Pare em nome da lei!
Meliante: “Pare em nome da lei”? Mas isso ainda se usa?
Agente: Pois não sei que já não mando parar ninguém à imenso tempo. Eu trabalhava na zona do self-service lá da messe e normalmente eu dizia era para os guardas avançarem, não para pararem!
Meliante: Ai sim... Então e o que é o almoço hoje?
Agente: Pois não sei... Desde que puseram lá aquelas empresas externas, a gerir aquilo, a messe nunca mais foi a mesma. Já não há cozidos, não há chispe, não há mão de vaca com grão, não há feijoada, não há... Ei, ei?! Onde é que você vai?! Olha, foi-se embora. Bom, paciência. Não há jaquinzinhos com arroz de tomate, não há dobrada...
SITUAÇÃO Nº3:
Agente: Ora então a traficar droga, não é verdade?! Vais de cana meu patife!
Meliante: Eu?!! A traficar droga? Não. Isto é farinha.
Agente: Farinha? Farinha? Tu julgas que eu não sei o que é farinha?! Eu estive 30 anos a fazer bolos... Pff... Farinha diz ele.
Meliante: É farinha sim senhor. Ora prove lá um bocadinho disto... É farinha para bolos espaciais. Daqueles que fazem rir, está a ver?
Agente: Ai sim?! Bolos que fazem rir... Isto há com cada um...
Meliante: A sério! Eu faço uns queques com esta farinha que você quando come desata logo a rir.
Agente: Hum... Pronto, está bem, convenceu-me. Até porque desde que me tiraram lá da padaria eu tenho andado muito triste. Ora dê-me lá a receita desses bolos que eu deixo-o ir embora.
Meliante: Ora então são 20 gramas desta farinha, 200 de farinha com fermento, 6 ovos, 1 chicara de óleo, 150 gramas de açúcar e um pau de canela. Se quiser algo mais vegetariano pode colocar estas ervas que tenho aqui, ou se preferir algo mais saudável pode trocar o açúcar por este cubinho que tenho aqui também
Agente: Hum... Olhe parece-me bem. Então e quanto é que quer por isso tudo?...
SITUAÇÃO Nº4:
Pessoa em perigo: SOCORRO! SOCORRO! SALVEM-ME!
Agente: Vou já senhora... Vou já.
Pessoa em perigo: Rápido... Rápido que ele vai-me matar.
Agente: Estou a caminho, estou a caminho... Você está aí ao fundo, espere só um bocadinho.
Pessoa em perigo: AHHH! Ele tem uma faca... Ele vai-me matar!! SOCORRO!!
Agente: Estou a caminho, mais 2m e estou aí... É que isto de correr com esta barriguinha não é fácil... Estou quase, espere aí!
Pessoa morta: Ai que faleci!
Agente: Ó... Logo agora que eu cheguei. Olha que chatice, uma corrida de 10 metros para nada. Estas pessoas sinceramente, não sabem esperar. Sempre com pressa, sempre com pressa, parece que alguém vai morrer. Olhe e você, está aí especado a olhar para mim porquê?! Vá, diga o que é que vai ser?! Se não quer nada toca a andar que eu não sou nenhuma vitrine para estar a olhar. Vá andor...
SITUAÇÃO Nº5 (e última):
Agente: Ora portantos o senhor bateu na sua esposa, não é verdade?
Meliante: Eu não senhor guarda. Ela é que bateu em mim.
Esposa do meliante: É mentira!!! Ele é que me bateu.
Agente: Bom, isso agora não interessa para nada. O que eu quero saber é quem usou esta colher de alumínio para bater?
Meliante: Aaa... Foi ela!
Esposa do meliante: POIS FUI! FUI MAS FOI PARA ME DEFENDER ENQUANTO TU ME DAVAS MURROS E PONTAPÉS!
Agente: Com que então uma colher de alumínio... Ai, aí, sinceramente. Ó senhora mas você não sabe que a colher de pau é muito melhor? Não deixa resíduos na comida, bate melhor, e é bem mais saudável. Olha que esta hein... A sua sorte é que eu ando sempre com uma colher de pau a mais. Bom, tome lá isto e que lhe sirva de lição.
Meliante e esposa: Obrigadinho Shô guarda. Olhe, e já agora, não fica para almoço?
Agente: Ai não que não fico... Só este cheirinho a refogado já me está a deixar maluco...
GIL