A flatulência pode matar…
estapafurdiosdoquotidiano, 29.01.14
Olá. Os meus queridos amigos sabiam que a flatulência quando é praticada em doses exageradas, pode matar? Ai, não sabiam…? Então vá, da próxima vez que comerem uma bela de uma feijoada à transmontana, pensem bem nas suas consequências. Lembrem-se deste estapafúrdio… Porque isto anda tudo ligado… Isto anda tudo ligado…
Na Alemanha, mais propriamente em Rasdorf, no centro da Alemanha, 90 vacas fizeram das suas. Então não é que a flatulência das vacas, fez explodir o estábulo onde se encontravam? É verdade, sim senhor! «Porra, mas o que é que andam a dar às vacas, pá?!», perguntam vocês. Nada mais do que a ração normal para uma vaca… (Eu sei, outras imagens acabaram de surgir na vossa distorcida mente, não foi? Seus malandrecos… Eu estou mesmo a referir-me ao gado vacum, pá! E acabei de piorar ainda mais as imagens que já escorriam por essas mentes, não foi? Raios…)
As coitadas estavam entretidas na sua vidinha monótona, e eis que CABUM!, uma valente explosão originada pelo metano criado pela flatulência das vacas e, segundo consta, misturado com, possivelmente, uma descarga eletrostática. Nenhuma pessoa ficou ferida, mas uma das vacas sofreu queimaduras… Ora, foi exactamente com essa mesma vaca – que mais tarde descobrimos que se chama Felisberta… – que fomos falar… (Sim, nós falamos com vacas… E, então? Qual é o problema? Qual é o espanto? O que não faltam para aí, são vacas com vontade de falar, ó!)
RIC: Então, ó sua vaca! Isso é que foi um valente susto, hein?!
Vaca: Vaca é a tua tia, ó girafa amestrada!
RIC: Eh lá, isso deve ser o efeito dos medicamentos, não?
Vaca: Não! É o efeito que a tua parvoíce tem em mim: deixa-me agressiva e sem paciência para aturar atrasados mentais!
RIC: Tão, pá?! Ó minha grandessíssima vaca… Tu vê lá se queres apanhar mas é uma lambada nesse focinho!
Vaca: Bom… Parece-me que começámos com o pé esquerdo… Boa tarde, eu sou uma vaca e chamo-me Felisberta. E você, como se chama?
RIC: Ah, bom… Assim estamos melhor… Eu chamo-me RIC. Então, diz lá: vocês, as vacas, são umas javardonas do pior, não são?
Vaca: Olhe a falta de respeito, senhor RIC. Eu estou aqui toda queimada, mas não no sentido figurado. Eu estou literalmente queimada… Eu não sou uma vaca qualquer! Eu tenho sentimentos e prezo muito a minha higiene intima! Não sou nenhuma porcalhona… Vamos lá a ver a conversa…
RIC: Pois, eu sei que tens uma boa parte do corpo queimado, mas não deixas de ser uma javardona! Afinal de contas, foi por causa da flatulência que vocês, vacas, soltaram em quantidades abismais, que originou a explosão que viria a queimar-te o corpo… Portanto, por mais que não queiras: tu és uma porcalhona!
Vaca: Essa história está mal contada…
RIC: Mal contada pode estar, e malcheirosa é que está mesmo!
Vaca: Não é nada disso, senhor! A origem da explosão, não foi a flatulência… mas sim, a praxe da Ermelinda!
RIC: Praxe?! Ah! Ah! Até a história da praxe do Meco, chegou à vacaria… Ah! Ah!
Vaca: Há muitos anos que chegou, ó minha besta quadrada!
RIC: Felisberta… Felisberta… estás a habilitar-te…
Vaca: Mas é a verdade! Há anos que nós, as vacas, somos praxadas! E foi isso que aconteceu no estábulo! Eu sou a vaca mais velha lá do sítio, e estava na hora de passar o título de «Dux» a outra vaca! Que, neste caso em particular, era a vaca Ermelinda…
RIC: Uau! E, vamos lá ver se nos entendemos: como é que o facto de a Ermelinda ser alvo de uma praxe, originou uma explosão que deixou a Felisberta toda queimadinha…?
Vaca: Simples: com explosivos…
RIC: COM EXPLOSIVOS?! VOCÊS USARAM EXPLOSIVOS PARA PRAXAR A ERMELINDA? SUAS VACAS LOUCAS!
Vaca: Sim, há anos e anos que o fazemos. Colocamos um cinto com 3 quilos de explosivos à volta das tetas da vaca a ser praxada, e depois obrigamos-a a reter o mais possível o leite… Ela retarda até à exaustão, até não aguentar mais… Normalmente, elas nunca aguentam mais do que 2 horas seguidas e, por isso, o contador do relógio da bomba fica sempre marcado para explodir às 2 horas e 15 minutos… Só que… desta vez…
RIC: Desta vez a Ermelinda não aguentou as 2 horas?!
Vaca: Não, pelo contrário… Ela aguentou… e aguentava ainda mais, mas, entretanto, o raça do relógio parou sem mais nem menos, e a bomba simplesmente explodiu… Parece que alguém se esqueceu de mudar as pilhas àquilo…
RIC: Então, e a Felisberta é que ficou queimada?!
Vaca: Sim, era eu que estava ao lado dela, a controlar se ela soltava alguma pinguinha de leite…
RIC: Então, e ela safou-se…
Vaca: Acha mesmo, senhor? Ela foi-se, mas ficou tudo abafado, por causa das praxes… Enfim, vida de vaca, é o que é…
RIC