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Estapafúrdios do Quotidiano

A ORIGEM DE CONAN OSÍRIS!

Avatar do autor estapafurdiosdoquotidiano, 19.02.19

Já decorre mais uma edição do Festival da Canção e Portugal está de cabeça à roda com um artista em particular que participa na edição deste ano. Falo, obviamente, de Conan Osíris. O controverso artista tem dividido as opiniões dos portugueses sobre, de facto, o que ele faz é música ou algo parecido com um lunático a cantar karaoke depois de uma noite intensa de copos. Para dissipar todas as dúvidas que possam existir à volta de Conan Osíris, o Estapafúrdios do Quotidiano apresenta a mais pessoal entrevista ao artista. Ora vejamos...


RIC: Olá, Conan. Ou preferes Osíris?

 

Conan: Eh, mano. Na boa. Tranquilo. Segue a tua cena. Chama aquilo que quiseres. Sem stress. Eu alinho naquilo que tu alinhares. Caga na cena. Na boa.

 

RIC: Ok... Fica Conan, então. Olha, o mundo da música anda meio aparvalhado a teu respeito. Não sabem bem se gostam ou não, se faz sentido, ou não, e por isso eu queria principiar esta entrevista com a seguinte questão: Afinal, quem é Conan Osíris?

 

Conan: Eh, mano. Pergunta lixada, essa. Mas na boa. Caga na cena, ya? Eu entro na tua onda, na boa. Eh pá, o Conan Osíris é uma passarinho, ´tás a ver? Uma espécie de passarinho que viveu muitos anos aprisionado numa gaiola e que, certo dia, tipo, ´tás a ver, conseguiu fugir e provar o sabor da liberdade, tipo isso, ya?

 

RIC: Ya... Acho que percebi... Mais ou menos. Então e diz-me lá, de onde surgiu o nome Conan Osíris? Estará relacionado com os filmes de Conan, o bárbaro?

 

Conan: Mano, quem? Tipo, o bárbaro? Não sei o que é isso, mano. Mas tranquilo, ´tás a ver? Eu não me importo com isso. Até acho bué fixe, mesmo. Eu aceito essas merdas todas na boa. Legalize, mesmo. ´Tás a ver?

 

RIC: Não sei se estou, mas tudo bem...

 

Conan: Eh pá, tipo, nem eu sei bem de onde surgiu o nome Conan Osíris.

 

RIC: Será que está relacionado com o facto de teres trabalhado numa Sex Shop? Tipo algum filme em que o protagonista era Conan, o bárbaro, e tu gostaste e...

 

Conan: Mano, não sei. Tipo, eu já te disse que era na boa, ´tás a ver?

 

RIC: Uma vez mais... acho que não estou a ver, mas tudo bem. Avançando, que tipo de dança é aquela praticada pelo dançarino que te acompanhada nas actuações?

 

Conan: Eh, mano, não sei. Tipo, ele nem é dançarino, ´tás a ver? Ele apareceu de repente num dos meus concertos e nunca mais me largou. Tipo, na boa. Ele quis entrar e eu não ia agora dizer que não, ´tás a ver? E o gajo até dá-lhe bué.

 

RIC: Ah, mas então a dança é algo que não é planeado por ti?

 

Conan: Nada disso, mano. Tipo, o gajo não está a dançar, ´tás a ver? Ele sofre de ataques epilépticos, e aquilo é a cena dele. E, tipo, quem sou eu para não deixar ele fazer a cena dele, a merda dele, ali comigo? Na boa, mano. Se o gajo está a curtir bué, eu fico bué feliz por ele, ´tás a ver? E eu nem lhe digo nada, nem me meto com merdas, ´tás a ver, porque sei lá eu o que pode, tipo, surgir dali. Não vá o mano fazer-me mal, tipo, bué estranho, ´tás a ver?

 

RIC: Ok... Bom, para finalizar esta entrevista, diz-me uma coisa. Olhando para o teu estilo de música, as tuas grandes referências são o Carlos Paião ou o António Variações, não são?

 

Conan: Tipo, mano, quem?

 

RIC: Carlos Paião e António Variações...

 

Conan: Fiquei na mesma, ´Tás a ver... Não sei do que falas, mano. Mas na boa. Tu és livre de pensar aquilo que quiseres. Eu não fico chateado, tipo, com isso, mano. Na boa. Eu até curto bué dessas merdas, tipo, acho bué interessante isso. Eu nem sei se o que estou a apresentar se pode considerar como música, tipo, eu apenas faço aquilo que me vem do coração, mano. Aquilo que um passarinho que esteve preso durante anos numa gaiola desejava fazer, assim que se viu, tipo, em liberdade, mano. Tipo, ganhei a minha liberdade, abri as asas e voei. Mas voei mesmo bué, mano. ´Tás a ver?

 

RIC: Ya... Tipo... Acho que não, mano... Mas, tipo, é na boa, ´tás a ver...

 

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RIC

O terrorismo em Portugal!

Avatar do autor estapafurdiosdoquotidiano, 08.09.17

Terrorismo, bombas de hidrogénio, tsunamis, tufões, maremotos, furacões, Donald Trump, Kim Jong-un, terramotos, Maria Leal, cocós de cão nos passeios... Parece que é mesmo desta que o Mundo vai acabar. A humanidade caminha a passos largos para o FIM! E não é um daqueles fins que terminam com o famoso “...e viveram felizes para sempre!” é um FIM onde a sina de todos resume-se a “...e foram com os porcos por causa de uns otários!” quer sejam eles presidentes de um país qualquer, ou terroristas do denominado Estado Islâmico.

O Estapafúrdios do Quotidiano recusa-se a aceitar isto. Recusa-se! E para mostrar o quanto nos recusamos a aceitar isso quero que saibam que estou, neste preciso instante, agachado a recusar veementemente! Ou a evacuar... Uma das duas!

Mas porquê tanta fúria? - Perguntará o leitor assíduo deste blog.- Esta fúria deve-se ao facto de ter sido vitima de um ataque terrorista por parte de um muçulmano. Sim, é verdade, acabei de ser roubado por um tipo, oriundo da Síria, chamado Abdul Ahmed - dono da loja de telemóveis que existe aqui ao lado. Abdul acabou de me cobrar €25 só para restaurar o software do meu telemóvel. Inacreditável...

Sempre ouvi falar bem das lojas de telemóveis dos indianos mas, felizmente, nunca tinha tido necessidade de ir a uma dessas lojas. Costumo mandar vir as capas dos telemóveis da china, os cartões idem, e os próprios aparelhómetros muitas vezes acabam por vir de lá também (assim como assim os que compramos na Worten também vêm da china e escuso de pagar a intermediários. Já para não falar que vêm logo desbloqueados...). Logo, nunca tive necessidade de ir a uma dessas superfícies comerciais. Até ontem... Dia em que o meu telefone pura e simplesmente morreu. Puff! Caput! Não sei o que se passou mas ficou com amnésia. Não se lembrava de quem era, não queria acordar e quando acordava não abria os olhos. Como tal agarrei nele e fiz o que qualquer pessoa inteligente faria: atirei-o contra a parede! Continuou morto... Mas agora morto e com os cantos raspados. De seguida agarrei nele e acabei por ir à loja do monhé (como carinhosamente muita gente os chama!).

Lá o senhor “monhé” disse-me: “Sim, sim, 30m e venha buscar.”. Porreiro! Pensei eu... O problema foi que me esqueci de perguntar o valor da reparação e, quando o fui buscar, espetaram-me com €25 de arranjo. UM ROUBO! Mais valia que me tivessem cortado um ou dois dedos, ao fim ao cabo dedos tenho uns 20 mas €25 custa-me à brava para arranjar. Inadmissível!

Mas como não sou um gajo “de me ficar” acabei por ter uma longa conversa com o Abdul, na tentativa de que ele tivesse compaixão pela minha pessoa e baixasse o preço da reparação. Ora vejamos... (ou leia, neste caso.)

 

GIL: Epá €25... Isso é muito, pá! Não faz isso mais barato?

Abdul: Não! Isto já é barato. Isto deu muito trabalho.

GIL: Como assim muito trabalho? Tu fizeste isso em 30 minutos.

Abdul: 30m de muito trabalho. Nesses 30m podia estar a fazer outras coisas.

GIL: Hum... Tipo o quê? Uma bomba? Tu fazes bombas? Aiim... Tu fazes bombas! Tu és terrorista Abdul?! Olha que é melhor baixares o preço da reparação senão eu faço queixa de ti.

Abdul: Quais bombas, pá?! Eu podia era estar a tomar conta da minha filha...

GIL: Da tua filha ou da tua mulher que na realidade ainda é só uma criança?! Hum... Vá Abdul, confessa... Quantos anos tem a tua mulher? 10? 11? 12? Abdul, ouve o que te digo, é melhor baixares o preço da reparação senão eu faço queixa de ti.

Abdul: Não, caraças! É da minha filha. Tem 6 meses e é fruto do meu casamento com a minha esposa portuguesa, Maria Adelaide, que tem 31 anos.

GIL: Ahhh, já estou a ver tudo. Casaste-te com uma portuguesa para teres nacionalidade portuguesa, não é?! E com isso ninguém desconfia de ti quando rebentares algures por Lisboa. Uiii, temos terrorista... Ai temos, temos. Abdul, ou baixas o preço...

Abdul: Sim, já sei... ou fazes queixa de mim! Não sejas ridículo, pá. Se eu quisesse rebentar alguma coisa não seria a mim de certeza absoluta! Com a quantidade de telemóveis que me passam pelas mãos, diariamente, eu arranjava maneira de colocar mecanismos explosivos dentro deles e quando quisesse todos eles explodiriam ao mesmo tempo... HUAHAHAHAH!

GIL: Hum... Abdul quer-me cá parecer que...

Abdul: Que o quê?! Não sejas ridículo. Todos nós sabemos que atentados terroristas em Portugal não funcionam. Ora diz-me lá uma coisa: Tu ouviste falar sobre aquela mochila que rebentou na Amadora?

GIL: Nop...

Abdul: Claro que não. Um drogado roubou a mochila e já só rebentou em casa dele, horas depois. E a polícia não ligou nenhuma porque pensou que se tratava de um laboratório de droga que explodiu.

GIL: Hum...

Abdul: E já agora ouviste falar sobre aquela tipa que foi violada e decapitada?

GIL: Hum... Acho que vi qualquer coisa no Correio da Manhã. Foi o namorado, não foi?

Abdul: Pois... Foi. Só que o namorado era um terrorista. O problema é que o vosso jornaleco nunca menciona raças nem etnias. Olha, e já agora, ouviste falar sobre aquele carro que entrou na Rua do Ouro e atropelou centenas de pessoas?

GIL: Não... Isso foi quando? Só se foi nas minhas férias.

Abdul: Não foi. A verdade é que o irmão Salim não conseguiu chegar à Rua do Ouro. Primeiro porque estava muito trânsito, depois porque quando estava lá quase a chegar foi mandado parar pela polícia porque o carro tinha os vidros fumados e apreenderam-lhe o carro. Agora tem de ir a uma inspeção B

GIL: Hum... Compreendo. Então Não é mesmo nada fácil ser terrorista em Portugal.

Abdul: Claro que não! Eu próprio vim para Portugal para rebentar com isto tudo e tentar tomar de novo Al-Andaluz, o problema é que quando cheguei cá vi que os Portugueses eram tão pobres que acabei por os ajudar abrindo uma loja de telemóveis e descontar para a segurança social, irs e tudo mais.

GIL: Ah... Percebo. Então... e já que estamos numa de simpatia, será que não dava para baixar o preço da reparação?

Abdul: Não! Isso não posso mesmo, mas se quiser tenho aqui um pouco de dinamite que lhe posso oferecer.

GIL: Meta 2 virgens na equação e temos negócio.

Abdul: Feito! Salaam Aleikum meu irmão.

GIL: Olha de Aleikum nunca comi, mas de chocolate vinha mesmo a calhar... 

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 GIL